terça-feira, 17 de abril de 2007

Diversidade Musical

Eu realmente quero ver-te
Realmente quero estar contigo
Realmente quero ver-te, meu Senhor
Mas demora tanto, meu Senhor
Eu realmente quero conhecer-te (Aleluia)
Realmente quero ir contigo
Realmente quero mostra-lhe Senhor
Isso não demorará meu Senhor (Aleluia)


Esse trecho acima é uma parte da letra traduzida de My Sweet Lord, de George Harrison. Outro dia estava ouvindo e parei um pouco para prestar atenção na letra, e algumas frases me chamaram bastante atenção. Apesar de a letra deixar claro a quem ela é direcionada, por um instante aquilo me fez mudar o pensamento (como sempre esses dias) para o Pablo Artur. Já falei aqui em coincidências, mas a verdade é que tudo conspira a favor.
My Sweet Lord permanece no meu ‘top list’ das músicas do dia a dia desde então. My Sweet Pablo, estamos te esperando, Realmente quero te ver, Realmente quero estar contigo.

E claro, quem me conhece, sabe da minha ligação com a música por causa do Diversidade Musical, e por estar sempre ouvindo algo, blá, blá, blá... Muitas músicas me fazem lembrar a idéia de um filho, da espera ou algo parecido com My Sweet Lord, mas há três em especial no momento e que merecem ser citadas: My Sweet Lord (já dita), I Want You ( apenas o inicio ) e With Arms Wide Open.

I Want You, de Elvis Costello, na verdade acho que ela ganhou destaque no meu player porque estava logo atrás de My Sweet Lord, e acabou ganhando uma importância por causa disso.
A primeira parte da música diz:
Oh, meu bem, meu bem, eu te amo mais do que posso dizer
Eu não penso que eu possa viver sem você
E eu sei que eu nunca viverei
Oh, meu bem, meu bem, eu quero você e me dá medo morrer
Eu não posso dizer algo mais do que “eu te amo”
Tudo o mais é desperdício de fôlego



Agora a mais impressionante, e que merece até um videozinho aqui, é With Arms Wide Open, da extinta banda Creed. Mas essa é chover no molhado, até porque a letra é sim direcionada para um recém nascido, e quando eu a ouvi pela primeira vez, já sabia que um dia iria dedicá-la também ao meu primogênito.
Olha a tradução da letra (completa) e em seguida, o vídeo da música:

É, acabei de ouvir as notícias de hoje
Parece que minha vida vai mudar
Fechei meus olhos, comecei a rezar
E lágrimas de felicidade desceram rosto abaixo

Com os braços bem abertos
Sob o sol
Bem-vindo a esse lugar
Vou te mostrar tudo
Com os braços bem abertos
Bom, eu não sei se estou preparado
Pra ser o homem que tenho de ser
Vou respirar fundo, trazê-la pro meu lado
Paralisados pelo deslumbramento, acabamos de criar vida

De braços bem abertos
Sob o sol
Bem-vindo a esse lugar
Vou te mostrar tudo
De braços bem abertos
Agora tudo mudou
Vou te mostrar o amor
Vou te mostrar tudo

Se eu tivesse apenas um desejo
Um pedidinho só
Eu torceria pra ele não ser igual a mim
Espero que ele seja compreensivo
Que ele abrace essa vida
Segure-a pela mão
E a apresente ao mundo
Com os braços bem abertos...



With Arms Wide Open

terça-feira, 10 de abril de 2007

Conto... Infantil

Chegaram a terceira cidade com o nascer do Sol. O amarelo do amanhecer o ajudou a ver algo impressionante – mais ainda do que ele já havia visto nos últimos dias – no ar, uma gigantesca fita branca segurava todo o céu ao seu redor. Um enorme laço no topo segurava todo o lugar. Impressionou-se mais ainda quando reparou que as arvores também não tocavam o solo, suas raízes ficavam a poucos palmos do chão. Ficou espantado com tudo aquilo em volta, e o medo em se mover a frente tomou sua fala e o paralisou.
Tilak já estava bem a frente, não tinha parado de caminhar, já conhecia a Cidade do Ar e aquilo não era mais novidade para ele. Não demorou muito e ele percebeu que Davi estava bem atrás, parado feita uma estátua, de boca aberta a olhar o enorme laço branco segurando a cidade suspensa.
- Davi, vamos, não podemos parar – disse Tilak
- Eu estou com medo desse chão subir para o céu – Davi não se mexia de jeito nenhum, o solo daquela cidade não se parecia tão seguro assim.
- Vamos, não seja bobo, aqui na Cidade do Ar tudo fica suspenso, menos o chão – Tilak tranqüilizava o amigo e já acenava o chamando rapidamente.

“Cidade do Ar”, esse nome fez surgir um sorriso de leve na face de Davi. Enfim estava na terceira e ultima cidade de sua longa caminhada para juntar as três partes do cristal em forma de chave. A chave que abrira o cadeado da enorme tranca que lhe prende naquele lugar estranho. Tinha tido a sorte de ter encontrado Tilak assim que entrou nesse novo Mundo. Há 2 dias estava no bosque, perto de sua casa a brincar com seus amiguinhos, saiu a disparada entre as arvores, perdeu o equilibro depois que topou em uma pedra e caiu desacordado. Foi acordado justamente por Tilak. A cor azul de seu corpo e os olhos muitos grandes em um rosto pequeno e fino fez Davi se assustar e tentar bater na estranha criatura a sua frente. Com a metade do tamanho do já pequeno Davi e com apenas 3 dedos longos em cada mão e pé, Tilak assustava a qualquer um naquela ocasião. Então ele abriu a boca e disse: “calma, sou amigo, não quero lhe fazer mal”.
Depois de um tempo andando assustado em ziguezague por entre as árvores e ouvindo sempre a voz daquela estranha criatura azul a lhe perseguir, Davi resolveu ceder e parou diante de Tilak e disse: "quem é você?".



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Trecho de uma idéia que me surgiu. Provavelmente deve se transformar em um mini conto infantil para o Pablo Artur.

sexta-feira, 6 de abril de 2007

6 de Abril Adelana, 6 deAbril

Acordei.
6 de Abril. Ainda é cedo, olho ao lado, está ela, assim como nos últimos 12 anos nessa mesma data. Adormecida em volta de lençóis a lhe aquecer. Passa a falsa impressão que o corpo está em repouso total, na verdade está a mil, gerando e sustentando uma nova vida.
Minha fraca visão, ainda sem os olhos artificiais, me passa uma falsa imagem, por um instante vejo a luz fraca da manhã vindo das escotilhas da janela... Engano. Demorei a acreditar, mas a luz exalava dela, deixando mais claro o quarto nessa manhã. Divino. Fascinante. O cansaço do amanhecer me deixou paralisado, apenas a observar, como um religioso fervoroso diante de um milagre. Santa imagem. Santa Sexta-feira.

A embriaguez do sono me tomou e voltei a dormir, sem antes afogar seus cabelos, como se estivesse dizendo: Feliz Aniversário

6 de Abril Adelana, 6 de Abril.

terça-feira, 3 de abril de 2007

Respostas ao vento, Nome para tal...

Resolvi criar esse Blog por dois grandes motivos:
1º - Depois de um tempo, já com meu filho a entender algumas coisas, poderei vir aqui e mostrar um pouco a ele como foram os dias em que ele ficou na barriga da Adelana. Às vezes escuto de minha Mãe histórias de como foi o período em que ela me esperou, os breves dias que antecederam a minha chegada. E talvez, a memória deixa esquecido algum fato interessante.
2º - O motivo dois se confunde com o primeiro, sendo até a mesma coisa: Como Eu Vejo a Espera. Puxando-me cada vez mais para dentro do assunto, até mesmo quando não estou necessariamente perto dele, a mente trabalha em sua função, enxergando palavras e histórias (de um futuro Pai) até mesmo onde não há nada que me faça lembra-lo.

Enfim, ninguém me perguntou sobre isso, mas já estou respondendo... hehehehehehe... E mudando de assunto, e não fugindo do tema principal, nessa semana tava pensando em como nós vivemos na eterna duvida e a procura sempre de ver antes algo que ainda nem foi revelado (como um irrelevante final de novela).
Mesmo sabendo que em nove meses um novo alguém dividira conosco o Lar, as alegrias e tristezas. Não sabemos esperar. Queremos saber logo como é sua face, queremos saber seu nome, queremos ouvi-lo.

Semana passada fui ao estádio com a Adelana, enfrentei uma viagem para ver um jogo que já estava marcado como o ultimo suspiro para o time o qual amo (ops! torço). O resultado teria que ser: Vitória ou Vitória! Mal o jogo começou e já estava perdendo: 1 x 0
Nas arquibancadas os torcedores apontavam os nomes para o fracasso, desenhando qual era o responsável, qual era o que tinha a “cara” da derrota. Eu no meu canto engolia a apunhalada secamente. E a cabeça trabalhando... Os nomes a se misturar. “Qual nome escolher? Qual representa melhor esse fato tão marcante?”.
Segundo tempo: Gol pra nós! Aeeeeeeeeeeeeeeeee!!! Aplausos, gritos!!! No outro dia a Adelana me confessou que na hora do gol, o Pablo Artur deu chutes acelerados em seu ventre. Passei o resto da semana tentando entender por que!?!? Será que é porque ele gostou? Será que é porque, igual a mim na minha infância, ele odiou aqueles gritos repentinos? Será que é porque ele sabia que o gol não valia?
Opção 3!
O gol foi anulado.

Depois daí ele ficou quieto durante todo o resto da noite.
Eu também, tinha matado minha curiosidade e vi enfim o desenho desse fim que já estava anunciado.



P.S. Primeira vez que o nome do Pablo Artur foi citado no Blog... E foi por aqui, por esse texto que muitos "descobriram" o nome dele.