terça-feira, 10 de abril de 2007

Conto... Infantil

Chegaram a terceira cidade com o nascer do Sol. O amarelo do amanhecer o ajudou a ver algo impressionante – mais ainda do que ele já havia visto nos últimos dias – no ar, uma gigantesca fita branca segurava todo o céu ao seu redor. Um enorme laço no topo segurava todo o lugar. Impressionou-se mais ainda quando reparou que as arvores também não tocavam o solo, suas raízes ficavam a poucos palmos do chão. Ficou espantado com tudo aquilo em volta, e o medo em se mover a frente tomou sua fala e o paralisou.
Tilak já estava bem a frente, não tinha parado de caminhar, já conhecia a Cidade do Ar e aquilo não era mais novidade para ele. Não demorou muito e ele percebeu que Davi estava bem atrás, parado feita uma estátua, de boca aberta a olhar o enorme laço branco segurando a cidade suspensa.
- Davi, vamos, não podemos parar – disse Tilak
- Eu estou com medo desse chão subir para o céu – Davi não se mexia de jeito nenhum, o solo daquela cidade não se parecia tão seguro assim.
- Vamos, não seja bobo, aqui na Cidade do Ar tudo fica suspenso, menos o chão – Tilak tranqüilizava o amigo e já acenava o chamando rapidamente.

“Cidade do Ar”, esse nome fez surgir um sorriso de leve na face de Davi. Enfim estava na terceira e ultima cidade de sua longa caminhada para juntar as três partes do cristal em forma de chave. A chave que abrira o cadeado da enorme tranca que lhe prende naquele lugar estranho. Tinha tido a sorte de ter encontrado Tilak assim que entrou nesse novo Mundo. Há 2 dias estava no bosque, perto de sua casa a brincar com seus amiguinhos, saiu a disparada entre as arvores, perdeu o equilibro depois que topou em uma pedra e caiu desacordado. Foi acordado justamente por Tilak. A cor azul de seu corpo e os olhos muitos grandes em um rosto pequeno e fino fez Davi se assustar e tentar bater na estranha criatura a sua frente. Com a metade do tamanho do já pequeno Davi e com apenas 3 dedos longos em cada mão e pé, Tilak assustava a qualquer um naquela ocasião. Então ele abriu a boca e disse: “calma, sou amigo, não quero lhe fazer mal”.
Depois de um tempo andando assustado em ziguezague por entre as árvores e ouvindo sempre a voz daquela estranha criatura azul a lhe perseguir, Davi resolveu ceder e parou diante de Tilak e disse: "quem é você?".



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Trecho de uma idéia que me surgiu. Provavelmente deve se transformar em um mini conto infantil para o Pablo Artur.

Um comentário:

  1. Queridos Tarso e Adelana, desculpem pelo sumiço, espero que tenham tido uma grande páscoa, e que ainda na barriga da mamma Adelana, Pablito tenha comido muitos chocolates.


    =]

    Um grande beijo, Dani

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